quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O bizarro jardim medieval misterioso de monstros da Itália


 A cidadezinha de Bomarzo, que hospeda o parque dos monstros também conhecido como bosque sagrado,fica na Itália.

O parque é um lugar curioso e narra a lenda que nasceu a causa de uma dolorosa história de amor…

Ele foi inaugurado em 1552 e idealizado pelo arquiteto Pirro Ligorio, que também havia trabalhado na continuação da Basílica de São Pedro após a morte de Michelangelo.


Quem o encomendou foi o príncipe Pier Francesco Orsini.

O parque na verdade foi construído dentro de um bosque, dentro do qual foram instaladas figuras mitológicas e às vezes grotescas, animais e personagens mitológicos, além de monstros.


Netuno (Poseidon) e um golfinho. Na mitologia, o golfinho está ligado ao deus Apolo, que se se transformou nesse animal, para conduzir os cretenses a Delfos.

O bosque ocupa cerca de 3 hectares e o príncipe era um cultor de estudos clássicos e mitológicos.

Mas por que construir um parque assim, com figuras feias ou pelo menos curiosas, quando os ricos da épocas construíam jardins italianos, com fontes maravilhosas?


Os obeliscos também são decorados com máscaras grotescas

A história é que o parque nasceu para exorcizar a dor de um amor perdido. Giulia Farnese, sua esposa, faleceu deixando um enorme vazio na vida de Orsini. Muitos dizem que a viuvez fez com que o príncipe não conseguisse mais enxergar a beleza da existência humana, então, pensou em construir um parque cheio de figuras feias, grotescas, animalescas. Feias e sombrias como a dor e o sofrimento.

Depois que o príncipe faleceu, o parque foi abandonado e somente 400 anos depois (na metade do século passado) é que uma família tomou a frente de restaurar a propriedade e as estátuas.

Muito curiosa e interessante também é a casa pendente. Muitos pensam que a casa ficou torta porque o terreno afundou, mas não! Tratando-se de um bosque sagrado, com figuras monstruosas, a casa também não poderia ser “normal”. Se não é grotesca como as figuras, com certeza é muito curiosa.


E quando entramos nela, temos aquela sensação de vertigem. Há indicações que atestam que a entrada original do parque era aqui, nas proximidades da casa torta, à época da sua construção.

Todos querem entrar na casa, tirar fotos e sentir essa vertigem!

Depois da casa um série de figuras mitológicas. Muito interessante as estátuas que representam e/ou estão ligadas ao reino dos mortos.

Perséfone/Proserpina, aquela que foi raptada por Hades/Plutão. A mesma já foi lindamente retratada pela escultura de Gian Lorenzo Berbini, o Rapto de Proserpina, que está na Galleria Borghese.


Uma erínia/fúria e também uma equidna. Mulheres mitológicas com bustos de ninfas e membros inferiores monstruosos.



O parque que elogia a antiguidade não poderia faltar um teatro antigo e obeliscos, também decorados com máscaras grotescas.

Toda essa curiosa evocação pela “feiura” é balanceada pela natureza bem verde do bosque, o que, realmente, o torna uma espécie de bosque sagrado.

 No inverno, com menos luz, ou em algumas horas do dia com menos visitantes, o lugar devE ter uma atmosfera um tanto curiosa. Não chega a ser angustiante, mas no séc. XVI ou XVII deveria ser muito mais curioso.

                                                                Assista o vídeo:

                 fonte:UFOVNImania- A verdade está lá fora

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