sábado, 1 de novembro de 2014

DIA DOS MORTOS


No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro. Começa no dia 31 de outubro e coincide com as tradições católicas do Dia dos Fiéis Defuntos e o Dia de Todos os Santos. Além do México, também é celebrada em outros países da América Central e em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a população mexicana é grande. A UNESCO declarou-a como Património da Humanidade.

As origens da celebração no México são anteriores à chegada dos espanhóis. Há relatos que os astecas, maias, purépechas, náuatles e totonacas praticavam este culto. Os rituais que celebram a vida dos ancestrais se realizavam nestas civilizações pelo menos há três mil anos. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento.

O festival que se tornou o Dia dos Mortos era comemorado no nono mês do calendário solar asteca, por volta do início de agosto, e era celebrado por um mês completo. As festividades eram presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a "Dama da Morte" (do espanhol: Dama de la Muerte) - atualmente relacionada à La Catrina, personagem de José Guadalupe Posada - e esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos. As festividades eram dedicadas às crianças e aos parentes falecidos.

É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.


                                      Na escultura de Joao vitor lopesana, La Catrina, popularizada por José Guadalupe Posada, é um esqueleto de uma dama da alta sociedade. É uma das figuras mais populares da Festa do dia dos mortos no México.

A celebração no mundo pré-hispânico
Para os antigos mexicanos mortes renascem das cinzas, a morte não tinha as mesmas conotações da religião católica, na qual as idéias de inferno e paraíso servem para castigar ou premiar. Pelo contrário, eles acreditavam que os caminhos destinados às almas dos mortos era definido pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento em vida.

Desta forma, as direções que os mortos poderiam tomar são:

O Tlalocan, o paraíso de Tláloc, deus da chuva. A este lugar iam aqueles que morriam em situações relacionadas com água: os afogados, os que morriam atingidos por raios, os que morriam por doenças como a gota ou hidropsia, sarna ou pústula, bem como as crianças sacrificadas ao deus. O Tlalocan era um lugar de descanso e abundância. Embora os mortos fossem geralmente cremados, os predestinados ao Tlalocan eram enterrados, como as sementes, para germinar.

O Omeyocan. paraíso do sol, governado por Huitzilopochtli, o deus da guerra. Neste lugar chegavam apenas os mortos em combate, os escravos que eram sacrificados e as mulheres que morriam no parto. Estas mulheres eram comparadas a guerreiros, que já haviam combatido uma grande batalha - a de dar à luz - e as enterravam no pátio do palácio, para que pudessem acompanhar o sol desde o nascente até o poente. Sua morte provocava tristeza e alegria, já que, graças à sua coragem, o sol as levava como companheiras. Dentro da tradição centro-americana, o fato de habitar o Omeyocan era uma honra.

O Omeyocan era um lugar de eterno gozo, no qual se celebrava o sol acompanhado com música, cantos e bailes. Os mortos que iam ao Omeyocan, depois de quatro anos, voltavam ao mundo, encarnados em aves de penas coloridas e bonitas.

Morrer na guerra era considerado como a melhor das mortes pelos astecas. Por incrível que pareça, dentro da morte havia um sentimento de esperança, pois ela oferecia a possibilidade de acompanhar o sol no seu nascimento diário e voltar encarnado em pássaro.

                                                    Oferenda asteca do Dia dos Mortos 
  
O Mictlan, destinado a quem morria de morte natural. Este lugar era habitado por Mictlantecuhtli e Mictecacíhuatl, senhor e senhora da morte. Era um lugar muito escuro, sem janelas, de onde era impossível sair.

O caminho para o Mictlan era tortuoso e difícil, pois para lá chegar, as almas deviam caminhar por diferentes lugares durante quatro anos. Ao longo deste tempo, as almas chegavam ao Chignahuamictlán, onde descansavam ou desapareciam as almas dos mortos. Para percorrer este caminho, o defunto era enterrado com um cão, o qual o ajudaria a cruzar um rio e chegar perante Mictlantecuhtli, a quem deveria entregar, como oferenda, trouxas de gravetos e jarras de perfume, algodão, fios coloridos e cobertores. Aqueles que iam ai Mictlan recebiam quatro flechas e quatro trouxas de fios de algodão.

Por sua vez, as crianças mortas tinham um lugar especial, chamado Chichihuacuauhco, onde se encontrava uma árvore da qual os ramos pingavam leite para as alimentar. As crianças que chegavam lá voltariam à Terra quando sua raça fosse destruída. Desta forma, da morte nasceria a vida.

Os enterros pré-hispânicos eram acompanhados de oferendas que continham dois tipos de objetos: os que o morto havia utilizado em vida, e os que poderiam precisar em sua viagem ao submundo. Assim, a elaboração de objetos funerários era muito diversificada: instrumentos musicais de barro, como ocarinas, flautas, tímpanos e chocalhos em forma de caveiras; esculturas que representavam os deuses mortuários, crânios de diversos materiais #pedra, jade, cristal#), braseiros, incensários e urnas.

As datas em honra aos mortos eram, e são, muito importantes, tanto que lhes dedicavam dois meses. Durante o mês chamado Tlaxochimaco, era realizada a celebração chamada Miccailhuitntli ou festa dos pequenos mortos, por volta de 16 de julho. Esta festa começava quando se cortava no bosque a árvore chamada xócotl, a qual descascavam e punham flores para enfeite. Todos participavam da celebração e faziam oferendas à árvore durante vinte dias.

No décimo mês do calendário, celebrava-se a Ueymicailhuitl, ou festa dos grandes mortos. Esta celebração era feita por volta de 5 de agosto, quando diziam cair o xócotl. Nesta festa realizavam procissões que culminavam com vigílias ao redor da árvore. Costumava-se realizar sacrifícios humanos e grandes banquetes. Depois, punham uma estatueta de caruru na copa da árvore e dançavam, vestidos com penas e guizos. No fim da festa, os jovens subiam na árvore para tirarem a estatueta, derrubavam-na e assim terminava a celebração. Nesta festa, as pessoas costumavam colocar altares com oferendas para recordarem seus mortos, o que é o antecedente do atual altar dos mortos.

Transformação do ritual

Quando os espanhóis chegaram à América no século XVI, se aterrorizaram com esta prática, e no intento de converter os nativos, fizeram as festividades coincidirem com as festividades católicas do Dia de Todos os Santos e o Dia dos Fiéis Defuntos. Os espanhóis combinaram seus costumes com o festival centro-americano criando um sincretismo religioso que deu lugar ao atual Dia dos Mortos.
Um dos estados mexicanos que mais representam este sucesso é Michoacán.

                                                    Altar mexicano do Dia dos Mortos
Características:
Nas festividades, encontra-se aspectos oriundos tanto dos antigos habitantes centro-americanos, como também, características modernas, adquiridas do contato com a cultura dos colonizadores.

Caveirinhas
Pode-se denominar Caveirinhas ou "Las Calaveritas" tanto as rimas ou versos satíricos como as gravuras que ilustram caveiras disfarçadas, descritas a seguir:

  • Rimas, também chamadas "caveiras", são na realidade epitáfios humorísticos de pessoas ainda vivas que constam de versos onde a morte personificada brinca com personagem da vida real, fazendo alusão a alguma característica peculiar da pessoa em questão. Terminar com frases onde se expõe que o levarão à tumba. É muito comum dedicar as "caveirinhas" a pessoas públicas, em especial a políticos que estejam no poder. Em muitos casos, a rima fala do aludido como se estivesse morto.
  • Gravuras (litografias), geralmente do mestre José Guadalupe Posada, ainda que não desenhou especificamente para o Dia dos Mortos, eram caricaturas que colaborava em diferentes publicações no princípio do século XX no México, que eram usadas nestas datas por sua alusão à morte festiva, tal qual La Catrina.

Símbolos
                               Caveira do Dia dos Mortos feita com açúcar,chocolate,amaranto

  • Caveiras de doce. Têm escritos os nomes dos defuntos (ou em alguns casos de pessoas vivas, em forma de brincadeira que não ofende em particular o aludido) na frente. São consumidas por parentes e amigos.


                                         Pan de muerto(pão de morto)comida típica de feriado


  • Pan de muerto (do espanhol: pão de morto). Prato especial do Dia dos Mortos. É um pão doce enfeitado com diferentes figuras, desde simples formas redondas até crânios, adornados com figuras do mesmo pão em forma de osso polvilhado com açúcar.

    • Flores. Durante o período de 1 a 2 de novembro as famílias normalmente limpam e decoram as tumbas com coloridas coroas de rosas, girassóis, entre outras, mas principalmente de margaridas, as quais acredita-se atrair e guiar as almas dos mortos. Quase todos os sepulcros são visitados.
    • A oferenda e as visitas. Acredita-se que as almas das crianças regressam de visita no dia 1º de novembro, e as almas dos adultos no dia 2. No caso de não poder visitar a tumba, seja porque a tumba não exista, ou a família esteja muito longe para visitá-la, também são feitos altares nas casas, onde se põe as ofertas, que podem ser pratos de comida, o pan de muerto, jarras de água, mezcal, tequila, pulque ou atole. cigarros e inclusive brinquedos para as almas das crianças. Tudo isto se coloca junto com retratos dos defuntos rodeados de velas.
    Altar dos mortos


    Os materiais comumente usados para fazer um altar para o Dia dos Mortos têm um significado, e são os seguintes:

    • Retrato da pessoa lembrada: o retrato do defunto relembra a alma que visitará na noite de 2 de novembro.
    • Pintura ou figura das Almas do Purgatório: A imagem das almas do purgatório serve para pedir a saída do purgatório pela alma do defunto no caso de lá se encontrar;
    • Doce círio: Ainda que sejam poucos, têm que ser em pares, e preferivelmente de cor roxa, com coroas e flores de cera. Os círios, ainda mais se são roxos, são sinal de luto. Os quatro círios em cruz representam os quatro pontos cardiais, de maneira que a alma pode orientar-se até encontrar seu caminho.

    O Dia dos Mortos fora do México
    Estados Unidos

    Em várias comunidades estadunidenses com imigrantes mexicanos, o Dia dos Mortos é celebrado de maneira bastante semelhante da forma que são celebrados no México. Em algumas destas comunidades, como o Texas e Arizona , as celebrações costumam ser mais tradicionais. Por exemplo, a Procissão de Todas as Almas tem sido um evento anual de Tucson desde 1990. O evento combina elementos do tradicional Dia dos Mortos com outros de festivais pagãos de colheita. Pessoas usando máscaras carregam sinais homenageando os mortos e uma urna na qual pode-se colocar pedaços de papel com orações para serem queimadas .


    Em outras comunidades, a interação entre as tradições mexicanas e a cultura estadunidense está resultando em celebrações nas quais tradições mexicanas estão sendo estendidas para fazer manifestos artísticos, ou às vezes, políticos. Por exemplo, em Los Angeles, Califórnia, o centro cultural Self Help Graphics & Art Mexican-American apresenta uma celebração anual do Dia dos Mortos, que inclui tanto elementos tradicionais quanto políticos, como altares em honra das vítimas da Guerra do Iraque enfatizando o alto número de soldados latinos. Uma versão inter-cultural do Dia dos Mortos também está evoluindo em um cemitério próximo a Hollywood. Lá, numa mistura de tradições mexicanas e atitudes modernas de Hollywood, altares convencionais são levantados ao lado de altares a Jayne Mansfield e Johnny Ramone. Dançarinos e músicos nativos misturam-se com artistas de performance, enquanto pranksters tocam músicas tradicionais.

    Em outras comunidades, a interação entre as tradições mexicanas e a cultura estadunidense está resultando em celebrações nas quais tradições mexicanas estão sendo estendidas para fazer manifestos artísticos, ou às vezes, políticos. Por exemplo, em Los Angeles, Califórnia, o centro cultural Self Help Graphics & Art Mexican-American apresenta uma celebração anual do Dia dos Mortos, que inclui tanto elementos tradicionais quanto políticos, como altares em honra das vítimas da Guerra do Iraque enfatizando o alto número de soldados latinos. Uma versão inter-cultural do Dia dos Mortos também está evoluindo em um cemitério próximo a Hollywood. Lá, numa mistura de tradições mexicanas e atitudes modernas de Hollywood, altares convencionais são levantados ao lado de altares a Jayne Mansfield e Johnny Ramone. Dançarinos e músicos nativos misturam-se com artistas de performance, enquanto pranksters tocam músicas tradicionais.

    Tradições similares e modernizações inter-culturais da celebração mexicana ocorre em São Francisco, por exemplo através da Galería de la Raza, SomArts Cultural Center, Mission Cultural Center, de Young Museum; em Oakland, Califórnia no Museu de Oakland e com aulas da antiga arte da Cartonería no centro de educação de artes The Crucible; e em Missoula, Montana onde celebrantes esqueléticos em pernas de pau, pequenas bicicletas e esquis desfilam pela cidade5 .

    Isto também ocorre no histórico Forest Hills Cementery, em Boston. Patrocinado pela Forest Hills Educational Trust e pelo grupo folclórico La Piñata, o Dia dos Mortos celebra o ciclo de vida e morte. As pessoas trazem ofertas de flores, fotos, memórias e comida para seus defuntos os quais são colocados em belos e coloridos altares. Um programa de música e dança tradicionais também acompanham o evento comunitário.


    Europa

    Observa-se que o Dia dos Mortos ao estilo mexicano se espalhou também pela Europa. Em Praga, na República Tcheca, por exemplo, os moradores celebram o Dia dos Mortos com máscaras, velas e caveiras de açúcar. O evento, que recebe apoio da Embaixada Mexicana, é realizado pelo teatro Alfred Ve Dvore' .

    Em vários outros países com uma herança católica, o Dia de Todos os Santos e o Dia dos Fiéis Defuntos são feriados onde as pessoas vão aos cemitérios com velas e flores e dão presentes às crianças, normalmente doces e brinquedos. Em Portugal e Espanha, oferendas são feitas neste dia. Na Espanha, a peça Don Juan Tenorio é tradicionalmente apresentada.

    Na Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Países Baixos, França e Irlanda, as pessoas trazem flores para as sepulturas dos parentes mortos e fazem orações pelos mesmos. Na Polônia7 , Eslováquia, Hungria, Lituânia8 , Croácia9 , Eslovênia, Romênia, Áustria, Alemanha, Suécia e Noruega, a tradição é acender velas e visitar os túmulos dos parentes falecidos. Na região do Tirol, bolos são deixados sobre a mesa e a sala é mantida quente para o conforto dos mortos. Na Bretanha, as pessoas vão aos cemitérios ao anoitecer para ajoelharem-se perante as lápides de seus entes queridos e ungirem-nas com água benta ou fazerem libações de leite nela. Na hora de deitar, o jantar é deixado na mesa para as almas.

    América Latina
    Celebrações guatemaltecas do Dia dos Mortos são marcadas pela construção, e uso, de pipas gigantes, além das tradicionais visitas aos túmulos dos ancestrais. O consumo de fiambre - uma comida típica da Guatemala - também é um grande acontecimento, pois é o único dia em que é preparado durante o ano10 .

    O feriado brasileiro de Finados é celebrado no dia 2 de novembro. Similar ao Dia dos Mortos, as pessoas vão aos cemitérios e igrejas, com flores, velas e orações. A festa tem intenção de ser positiva, para celebrar os que estão mortos.

    No Haiti, tradições vudu misturam-se com as observâncias católicas do Dia dos Mortos, como, por exemplo, barulhentos tambores e músicas são tocados por toda a noite em celebrações pelos cemitérios para acordar Baron Samedi, o senhor dos mortos, e seu descendente, o Gede.

    Dia de los ñatitas (do espanhol, Dia das Caveiras) é um festival celebrado em La Paz, Bolívia em 9 de novembro. Nos tempos pré-colombianos, indígenas andinos tinham o costume de partilhar um dia com os ossos de seus antecessores no terceiro ano após o sepultamento, contudo, somente as caveiras são usadas atualmente. Tradicionalmente, a caveira de um ou mais membros da família são mantidas em casa para tomar conta da família e protegê-la durante o ano. No dia 9 de novembro, a família coroa a caveira com flores frescas, às vezes também as vestindo com peças de roupa, e fazendo oferendas de cigarros, folhas de coca, álcool, e vários outros itens em agradecimento pela proteção durante o ano. As caveiras também são, por vezes, levadas ao cemitério central em La Paz para uma missa especial e bênçãos .

    Ásia
    Nas Filipinas, o feriado chamado Araw ng mga Patay (Dia dos Mortos), Todos los Santos ou Undas (os últimos dois devido aos fato de serem celebrados em 1º de novembro), tem uma atmosfera mais de reunião familiar. As tumbas são limpas ou repintadas, velas são acesas e flores são oferecidas. Famílias inteiras acampam em cemitérios, e às vezes passam uma noite ou duas junto às tumbas de seus parentes. Jogos de cartas, comidas, bebidas, cantos e danças são atividades comuns no cemitério. É um feriado de muita importância para os filipinos (depois do Natal e da Semana Santa), e dias de folga são normalmente adicionados ao feriado, mas apenas o dia 1º é considerado um feriado regular .

    Tradições similares em outras culturas
    Muitas outras culturas ao redor do mundo têm tradições similares a respeito de um dia especial para visitar as sepulturas dos familiares falecidos. Muitas vezes, estas tradições estão inclusas em festas, algumas com comidas e bebidas, além de orações e recordações sobre os que já morreram.

    Em Wellington, Nova Zelândia, o Dia dos Mortos mexicano também pode ser encontrado com altares homenageando os falecidos com flores e presentes .

    O Bon Odori (em japonês O-bon お盆 ou simplesmente Bon 盆), é um feriado budista japonês em honra aos ancestrais mortos. Este festival tem se tornado um reunião familiar na qual as pessoas dos grandes centros voltam à suas cidades de origem para visitar e limpar as sepulturas de seus ancestrais. Tradicionalmente inclui danças típicas. Este festival já existe no Japão por mais de 500 anos.

    Na Coréia, o Chuseok - também conhecido como Hankawi (한가위,中秋节) (do coreano arcaico ótimo meio) é um dos principais feriados tradicionais. As pessoas vão para onde os espíritos de seus ancestrais estão consagrados e fazem cultos pela manhã; eles visitam as tumbas de seus ancestrais imediatos para podar as plantas e limpar a área ao redor da tumba, e fazerem ofertas de comida e bebida para seus acentrais.

    O Festival de Ching Ming (do chinês tradicional 清明節; chinês simples 清明节; pinyin īng míng jié) é um festival tradicional chinês que acontece normalmente por volta de 5 de abril no calendário Gregoriano. Juntamente com o Festival do Duplo Nove (no chinês tradicional 重陽節; pinyin: Chóngyángjié; e no chinês simplificado 重九, pinyin: Chóngjiǔ) no nono dia do nono mês do calendário chinês, é uma época que os chineses cuidam dos túmulos de seus ancestrais. Além do que, pela tradição chinesa, o sétimo mês no calendário chinês é chamado de mês fantasma (chinês simplificado: 中元节; chinês tradicional : 中元節; pinyin: zhōngyuánjié), no qual os fantasmas e espíritos saem do além para visitar a terra.

    Durante o feriado nepalês do Gai Jatra (festival da vaca), toda família que tenha perdido um membro durante o ano anterior faz uma construção de babus, panos, papéis decorativos e retratos dos falecidos, chamado de gai. Tradicionalmente, uma vaca guia o espírito do morto no outro mundo. Dependendo dos costumes locais, uma vaca viva, ou uma réplica, são usadas. O festival também é a época de se fantasiar, incluindo temas tanto de manifestos políticos como de sátiras.


    Em algumas culturas da África, visitas às tumbas dos ancestrais deixando comidas, presentes e pedindo por proteção fazem parte de importantes rituais tradicionais. Um exemplo são os rituais que ocorrem antes do início da temporada de caça.

    Patrimônio da Humanidade
    Em cerimônia realizada em Paris, França em 7 de novembro de 2003, a UNESCO distinguiu a festividade indígena do Dia dos Mortos como Obra Mestra do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade. A distinção por considerar a UNESCO que esta festividade é :

    "... uma das representações mais relevantes do patrimônio vivo do México e do mundo, e como uma das expressões culturais mais antigas e de maior força entre os grupos indígenas do país".

    Além disso, no documento se destaca:

    "Esse encontro anual entre as pessoas que celebram e seus antepassados, desempenha uma função social que recorda o lugar do indivíduo no seio do grupo e contribui na afirmação da identidade..."

    Além de:

    "...embora a tradição não esteja formalmente ameaçada, sua dimensão estética e cultural deve ser preservada do crescente número de expressões não indígenas e de caráter comercial que tendem a afetar seu conteúdo imaterial".

                                            Assista os vídeos:

                     fonte:MRK MTZ


                     fonte:Ma. Guadalupe Miranda Guzman

    sexta-feira, 31 de outubro de 2014

    Câmera capta estranha imagem em escola.


    Uma reportagem da CNN relata sobre câmera de segurança de escola capta estranha imagem.

                                                Assista o vídeo:

                     fonte:GhostsofEarth

    Bruxaria,Bruxas


    A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa a execução de rituais de cunho sobrenatural com a intenção de obter benefícios pessoais, sendo também utilizada como sinônimo de cura espiritual, prática oracular e feitiçaria. Tal definição, entretanto, além de não retratar com fidedignidade mínima a bruxaria de fato (não fictícia), torna indistintas as práticas dos verdadeiros bruxos de muitas das práticas da maioria das outras expressões de religiosidade. Note-se, por exemplo, que uma prece autenticamente cristã é um ritual de cunho sobrenatural (não científico) com a intenção de obter benefícios pessoais; a cura espiritual também se encontra em diversas formas de religiosidade, desde a bênção cristã até o passe espírita. Da mesma forma, as práticas oraculares se encontram presentes até mesmo em religiões que as criticam duramente, como podemos constatar pela presença do capítulo do apocalipse na bíblia cristã. Portanto, para compreender o que é a bruxaria de fato, é necessário observar as crenças e atividades dos bruxos contemporâneos e suas referências principais.

    Conforme depreendemos da leitura do fundador da wicca tradicional (bruxaria moderna), Gerald Gardner , em consonância com fontes das mais diversas vertentes da bruxaria moderna e tradiciona , a bruxaria é o culto à Deusa e/ou ao Deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking). Grande parte dos grupos bruxos considera, inclusive, que diversas deusas antigas são diferentes faces de uma única Deusa, mas mesmo estes grupos as apresentam de forma separada em suas ritualizações.

    Acima até da conceituação das deidades, a reintegração do homem à natureza é parte fundamental das crenças vinculadas à bruxaria, o que se evidencia na celebração do fluir das estações do ano em até oito festivais chamados sabates, sendo dois nos equinócios, dois nos solstícios e quatro em datas fixas. Ao fluxo de um curso completo de tais eventos chama-se comumente de Roda do Ano.

    Paralelamente aos sabates, a bruxaria conta com os esbates, que celebram as fases da Lua. Aqui, todavia, há grandes diferenças entre vertentes da bruxaria, com alguns grupos comemorando quatro fases da Lua e outros comemorando apenas o plenilúnio.

    Tipos de Bruxaria
    A confusão entre bruxaria e magia levou aos magos e aos leigos a classificarem equivocadamente os bruxos como brancos e negros, supondo que os que buscassem/praticassem o bem seriam bruxos brancos, e os que buscassem/praticassem o mal seriam bruxos negros. Os bruxos, na verdade, não se pautam pelo modelo de bem e mal, considerando toda e qualquer magia como cinza (mistura da luz com a escuridão). A grande divisão que se pode fazer em grandes grupos na bruxaria é entre a tradicional e a moderna.

    Bruxaria Moderna
    Bruxaria moderna é considerada pela maioria das tradições bruxas como a que surgiu com Gerald B. Gardner, sendo sinônimo de wicca, muito embora Raven Grimassi, referência mais conhecida da stregheria (bruxaria italiana), considere Charles Leland o pai da bruxaria moderna. Ainda que iniciado por bruxas tradicionais, Gardner reuniu aos conhecimentos que elas lhe teriam passado práticas ritualísticas e simbologia da Alta Magia, bem como o princípio ético formulado por Crowley ligeiramente modificado (faça o que quiser desde que a ninguém prejudique), criando assim as bases de uma nova crença.


    Bruxaria Tradicional
    Bruxaria Tradicional é aquela anterior à wicca e/ou o reconstrucionismo religioso de práticas pagãs ligadas a uma tradição específica. Bruxaria Tradicional é um termo cunhado por Roy Bowers (Robert Cochrane) para diferenciar as práticas de Bruxaria pré-Gardnerianas da Wicca criada por Gardner. Ao contrário do que se possa supor, os grupos de bruxaria tradicional não reconstrucionistas, vieram ao longo do tempo absorvendo conhecimentos e conceitos de diversas expressões de religiosidade e, como não se submeteram à separação entre ciência e religião, também vieram modificando sua compreensão cosmológica e suas práticas com o avanço científico.

    Tradições Bruxas
    Tradições bruxas são conjuntos de crenças e práticas bruxas específicas independentes, estabelecidas a partir da influência de culturas locais ou pela criação de novas linhas iniciáticas, geralmente a partir de um iniciado do mais alto grau em outra tradição. Como a bruxaria não é uma religião fundada em estrutura dogmática rígida, com o uso de tecnologias de informação modernas os grupos de bruxos (covens ou coventículos) puderam se expandir para além de fronteiras geográficas locais, o que levou a uma considerável multiplicação de tradições bruxas entre fins do século XX e início do século XXI.

    Bruxaria Ancestral
    Ver artigo principal: Bruxaria Ancestral
    Tradição bruxa que venera deuses anteriores ao período histórico, tendo entre suas crenças principais a de que o ser humano não é superior aos demais animais e que tudo no universo segue o mesmo fluxo, por eles chamado de "Dança da Deusa". Seu fundador foi iniciado e membro do Conselho de Anciãos da Tradição Ibérica, entretanto as experiências místicas pelas quais passou desde o início o levaram a desenvolver ainda dentro da Tradição Ibérica uma veneração à parte, voltada a deidades mais antigas que as lusitanas, veneradas em seu coventículo de origem. Acumulando-se divergências ideológicas e filosóficas, o cisma que deu origem à nova tradição foi natural e inevitável, com a criação da Ordem Sagrada de Bennu, sediada no Brasil.

    Stregheria
    Tradição bruxa natural da região onde hoje se encontra a Itália, tendo suas raízes nos cultos neolíticos à Grande Deusa naturais da região do Mediterrâneo e do Egeu e construída sobre mitos de diversos povos, dentre eles os micênicos e etruscos. A veneração da stregheria é centrada na Deusa Diana Nemorensis e, segundo sua tradição, a linhagem formal das stregha teve início com uma sacerdotisa da Deusa Diana chamada Arádia.

    Tradição Alexandrina
    Ver artigo principal: Tradição Alexandrina
    Contemporâneo de Gerald Gardner, Alex Sanders fundou a Tradição Alexandrina, bastante semelhante à Gardneriana, porém pertencente a outra linha iniciática e mais liberal quanto à exigência de nudez ritual.

    Tradição Diânica
    Ver artigo principal: Tradição Diânica
    Caracterizada pela supremacia do culto à Deusa, em relação ao culto ao Deus, a Tradição Diânica é considerada a linha feminista da bruxaria, sendo que alguns de seus grupos só admitem membros do sexo feminino.

    Tradição Ibérica
    Tradição bruxa que cultua antigos deuses da Península Ibérica, em especial da Lusitânia. A origem de tal linhagem se perde no tempo. Apesar de os registros mais antigos de linha inciática da Tradição Ibérica datarem de fins do século XVIII, cogita-se que por motivos de perseguição religiosa não eram tomados registros antes do início do século XX, sendo provável que tal tradição tenha sido fundada pelas bruxas de aldeia da região onde hoje é Portugal com base em práticas e conhecimentos da cultura celtíbera, anteriores à conquista romana.

    Wicca Tradicional ou Tradição Gardneriana
    Mãe de diversas tradições bruxas modernas, a Wicca tradicional foi fundada por Gerald Gardner em meados do século XX, a partir do sincretismo entre a bruxaria tradicional inglêsa e a alta magia ensinada na Golden Dawn. Diversos iniciados por Gardner deram origem a outras tradições, ainda assim consideradas wiccanas, motivo pelo qual passou a se chamar a bruxaria ensinada por Gardner de wicca tradicional.

    Bruxas de Salém


    Bruxas de Salém refere-se ao episódio gerado pela superstição e pela credulidade que levaram, na América do Norte, aos últimos julgamentos por bruxaria na pequena povoação de Salém, Massachusetts, numa noite de outubro de 1692.1

    O medo da bruxaria começou quando uma escrava negra chamada Tituba contou algumas histórias vudus (religião tradicional da África Ocidental) a amigas, que, por esse fato, tiveram pesadelos. Um médico que foi chamado para examina-las declarou que as moças deveriam estar "embruxadas".

    Os julgamentos de Tituba e de outras foram realizados perante o juiz Samuel Sewall. Cotton Mather, um pregador colonial que acreditava em bruxaria, encarregou-se das acusações. O medo da bruxaria durou cerca de um ano, durante o qual vinte pessoas, na sua maior parte mulheres, foram declaradas culpadas de realizar bruxaria e executadas. Um dos homens, Giles Corey, morreu de acordo com o bárbaro costume medieval de ser comprimido por rochas em uma tábua sobre seu corpo até morrer, levando ao total 3 dias. Foram presas cerca de cento e cinquenta pessoas. Mais tarde, o juiz Sewall confessou que as suas sentenças haviam sido um erro.

    As principais testemunhas da acusação foram Elizabeth "Betty" Parris, Maria Jordão e Abigail Williams

    Caça às Bruxas

    A caça às bruxas foi uma perseguição política e social que começou no século XV e atingiu seu apogeu nos séculos XVI e XVII principalmente em Portugal, na Espanha, França, Inglaterra (chamada de Normandia), na Alemanha, e na Suíça em menor escala. As antigas seitas pagãs e matriarcais , de fundo e objetivo Político, eram tidas como satânicas, de domínio popular com objeto diferente do religioso, sendo organizações diferentes do que costumam pregar a Bíblia, Alcorão e outros livros santos, tendo uma conotação de domínio político de Poder. O mais famoso manual de caça às bruxas é o Malleus Maleficarum ("Martelo das Feiticeiras"), de 1486.

    No século XX a expressão "caça-às-bruxas" ganhou conotação bem ampla, sua verdadeira conotação se auto-revelou se referindo a qualquer movimento político ou popular de perseguição política - arbitrária, com o objetivo de Poder, muitas vezes calcadas no medo e no preconceito submetiam a maioria, no que hoje poderíamos chamar de Terrorismo, como ocorreu, por exemplo, durante a guerra fria, em que os EUA perseguiam toda e qualquer pessoa que julgassem ser comunista, seja por causa fundamentada e comprovada e/ou não, por medo do Terrorismo. Dessa forma, teve lugar a caça às bruxas comunista dos EUA, como também ao sul do Brasil aos chamados Nazi-comunista por Getúlio Vargas, antes da Segunda Guerra Mundial, de 1922 a 1942 quando entrou na Guerra efetivamente ao lado dos aliados, em que esses elementos sabotavam as organizações militares e governamentais de forma geral, principalmente aos Bancos, para angariarem fundos, se infiltrando nelas.


    Aspectos importantes da caça-às-bruxas (quadro sintético)

    O número total de vítimas comprovadas se considerarmos o conceito de Terrorismo, é algo superior e entre 50 mil e 100 mil (O número total de julgamentos oficiais de bruxas na Europa que acabaram em execuções foi de cerca de 12 mil).1 No passado chegou-se a dizer que teriam sido 9 milhões e até hoje alguns propagam esse número.
    Embora tenha começado no fim da Idade Média, a caça às bruxas europeia foi um fenômeno da Idade Moderna, período em que a taxa de mortalidade foi bem maior.
    Embora supostas bruxas tenham sido queimadas ou enforcadas num intervalo de quatro séculos — do século XV ao século XVIII — a maioria foi julgada e morta entre 1550 e 1650, nos 100 anos mais histéricos do movimento.
    O número de julgamentos e execuções tinha fortes variações no tempo e no espaço. Seria fácil encontrar localidades que, em determinado período, estavam sendo verdadeiros matadouros logo ao lado de regiões praticamente sem julgamentos por bruxaria.
    A maior parte das mortes na Europa ocidental ocorreram nos períodos e também nos locais onde havia intenso conflito entre o Catolicismo e o Protestantismo, com consequente desordem social.
    Ocorriam mais mortes em regiões de fronteira ou locais onde estivesse enfraquecido um poder central, com a ausência da Igreja ou do Estado. Fatores regionais tiveram papel decisivo nos modos e na intensidade dos julgamentos.
    A maioria das vítimas confirmadas foi julgada e executada por cortes seculares, sendo as cortes seculares locais de longe as mais cruéis. As vítimas de cortes religiosas geralmente recebiam melhor tratamento, tinham mais chances de serem inocentadas e recebiam punições muito leves.
    Muitos países da Europa quase não participaram da caça às bruxas, e 3/4 do território europeu não viu um julgamento sequer. A Islândia executou apenas quatro "bruxas"; a Rússia, apenas dez. A histeria foi mais forte na Suíça calvinista, Alemanha e França.
    Numa média, 25% das vítimas foram homens, assim sendo 75% mulheres, mas a proporção entre homens e mulheres condenados podia variar consideravelmente de um local para o outro. Mulheres estiveram mais presentes que os homens também enquanto denunciantes e não apenas como vítimas.
    Heinrich Kraemer da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) publicou o livro ''Malleus Maleficarum'' (Martelo das Feiticeiras), que foi condenado e proibido pela igreja, mas mesmo assim amplamente usado por perseguidores fanáticos e muitas vezes perversos para torturar e condenar supostas bruxas.
    Benedict Caprzov, jurista luterano fervoroso e um dos pais do direito penal moderno, desenvolveu também teorias a respeito do tratamento penal de bruxas. A propaganda nacional-socialista fazia-o responsável por inúmeras mortes, mas segundo pesquisas modernas não tem provas para a participação direta dele em processos que terminaram com a morte por bruxaria. As fontes bíblicas citadas nos livros dele são Lv 19,31; 20,6.27; Dt 12,1-5 e de preferência o Êxodo (22,18); “Não deixarás viver a feiticeira”.
    Até onde se sabe, algumas vítimas adoravam entidades pagãs e, por isso, poderiam ser vistas como indiretamente ligadas aos "neopagãos" atuais, mas oficialmente consta nos autos que esses casos eram uma minoria. Também é verdade que algumas das vítimas eram parteiras ou curandeiras, mas eram uma minoria. A maioria se dizia cristã ou judia, uma vez que a população pagã era bem rara na Europa da Idade Média.

    Cronologia
    Os períodos de fome e peste do século XIV disseminaram a ideia de que pessoas conspiravam contra os reinos cristãos.
    No passado os historiadores consideraram a caça às bruxas européia como um ataque de histeria supersticiosa que teria sido supostamente forjada e espelhada pela Igreja Católica. Seguindo essa lógica, era "natural" supor que a perseguição teria sido pior quando o poder da igreja era maior, ou seja: antes de a Reforma Protestante dividir a cristandade ocidental em segmentos conflitantes. Nessa visão, embora houvessem ocorrido também julgamentos no começo do período moderno, eles teriam sido poucos se comparados aos supostos horrores medievais. As pesquisas recentes derrubaram essa teoria de forma bastante clara e, ironicamente, descobriu-se que o apogeu da histeria contra as bruxas ocorreu entre 1550 e 1650, pouco depois do nascimento da Reforma Protestante e em parte já no início da celebrada "Idade da Razão" (séculos XVII e XVIII) .

    Virtualmente todas as sociedades anteriores ao período moderno acreditavam em magia e formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos. O período medieval não foi exceção, mas inicialmente não havia ninguém caçando bruxas de forma ativa e esse contexto relativamente benigno permaneceu sem grandes alterações por séculos.

    As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média. No início do século XIV, na parte central da Europa, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malignas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento; falava-se de conspirações por parte dos muçulmanos e de associações entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas. Os judeus que por toda Idade Média tiveram liberdade de religião começaram a ser vistos com desconfiança pela população. Depois da enorme devastação decorrente da peste negra (que vitimou 1/3 da população européia em meados do século XIV) esses rumores aumentaram e passaram a focar mais em bruxas e "propagadores de praga". Depois da Peste também se espalhou aquela ideia de que o banho frenquente desprotegia a pele e trazia doenças para o corpo através da água, que era supostamente contaminada por conspiradores.

    Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa apareceram na segunda metade do século XV. Ao surgirem as primeiras ondas da Reforma Protestante o número de julgamentos chegou a diminuir por alguns anos. Entretanto, em 1550 com o fortalecimento dos estados protestantes a perseguição cresce novamente, atingindo níveis alarmantes especialmente em terras alemãs e suíças. Esse é o período mais histérico e sanguinário da perseguição, que vai de 1550 a 1650. Depois desse período os julgamentos diminuíram fortemente e desapareceram completamente em torno de 1700.

    Caça às bruxas na Europa ocidental

    Na Idade Média
    Virtualmente todas as sociedades anteriores ao período moderno reconheciam o poder das bruxas e, em função disso, formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos. O período medieval não foi exceção, e podemos encontrar as caças às bruxas desde o auge da civilização babilônica. Esta suspeita costumava recair sobre as mulheres estrangeiras e suas estranhas práticas.

    As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média. Pouco depois de 1300, na Europa Central, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malignas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento. Falava-se de conspirações por parte dos muçulmanos e de associações entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas. Depois da enorme devastação decorrente da peste negra (que vitimou 1/3 da população européia entre 1347 e 1350) esses rumores aumentaram e passaram a focar mais em supostas bruxas e "propagadores de praga".

    Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa apareceram no Século XV.

    Na Idade Moderna
    Em 1484 foi lançado o livro ''Malleus Maleficarum'' , pelos inquisidores Heinrich Kraemer e James Sprenger, livro este que inicialmente foi prontamente recusado pelo bispo que o encomendou, tendo seus dois autores sido posteriormente excomungados por continuarem publicando-o. Com 28 edições esse volumoso manual define as práticas consideradas demoníacas. Ele se torna uma espécie de bíblia da caça às bruxas e vai ter grande influência do outro lado do Atlântico séculos depois sobre as comunidades puritanas nos Estados Unidos, tendo sido utilizado no famoso caso das bruxas de Salém.

    Ao surgirem as primeiras ondas da Reforma Protestante o número de julgamentos chega a diminuir por alguns anos. Entretanto, em 1550 a perseguição cresce novamente, dessa vez atingindo níveis alarmantes. Esse é o período mais sanguinário da história, que atingiu tanto terras católicas como protestantes e durou de 1550 a 1650. Depois desse período os julgamentos diminuíram fortemente e desapareceram completamente em torno de 1700.

    Novas visões históricas
    A partir de 1970 uma mudança considerável ocorreu no estudo da caça às bruxas européia, com a tentativa de "filtrar" e fato político da perseguição a seitas religiosas. Os historiadores passaram a se deter aos registros históricos dos julgamentos, deixando de lado fontes não oficiais sobre o tema. Essa metodologia trouxe mudanças significativas na visão acadêmica sobre o tema, sugerindo-se agora, por exemplo, que o número de vítimas fatais não seria superior a 100 mil pessoas, enquanto antes, considerando-se os relatos não oficiais, as estimativas escalariam a casa de nove milhões. É, todavia, postulado pela própria academia que na época da Inquisição Espanhola a Igreja perdeu o controle sobre o que veio a se tornar uma verdadeira histeria coletiva, com julgamentos e execuções realizadas à sua revelia por comunidades locais.

    Em função desta revisão histórica, passaram a ser postuladas as seguintes ideias chave:

    A "Caça às Bruxas" na Europa começou no fim da Idade Média e foi uma questão de seitas e conotação de processo religioso - político e social da Idade Moderna. A situação assumiu tamanha dimensão, também devido às populações sofrerem frequentemente de maus anos agrícolas e de epidemias, resultando elevada taxa de mortalidade, e dominadas pela superstição e pelo medo. A maior parte das vítimas foram julgadas e executadas entre 1550 e 1650. A quantidade de julgamentos e a proporção entre homens e mulheres condenados poderá variar consideravelmente de um local para o outro. Por outro lado, 3/4 do continente europeu não presenciou nem um julgamento sequer. A maioria das vítimas foram julgadas e executadas por tribunais seculares, sendo os tribunais locais, foram de longe os mais intolerantes e cruéis. Por outro lado, as pessoas julgadas em tribunais religiosos recebiam um melhor tratamento, tinham mais chances de poderem ser inocentadas ou de receber punições mais brandas, o que se denominava na época de Comissões da Verdade as inquisições, com base nos Cânones.

    O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil, e destes, cerca de 25% foram homens. Mulheres estiveram mais presentes que os homens, e também enquanto denunciantes, e não apenas como vítimas. A maioria das vítimas eram parteiras ou curandeiros; mas a maioria não era bruxa. A grande maioria das vítimas eram da religião cristã, até porque a população pagã na Europa na época da caça às bruxas, era muito reduzida.

    Estudos recentes apontam que muitas das vítimas da "Caça as Bruxas", bem como de muitos "casos de endemoniados", teriam sido vítimas de uma intoxicação. O agente causador era um fungo denominado Claviceps purpurea, um contaminante comum do centeio e outros cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos secundários conhecidos como alcalóides da cravagem e, dependendo de suas estruturas químicas, afectavam profundamente o sistema nervoso central. Os camponeses que comeram pão de centeio (o pão das classes mais pobres) contaminado com o fungo, eram envenenados e desenvolveram a doença, atualmente denominada de ergotismo.

    Em alguns casos, também verificou-se alegações falsas de prática de "bruxaria" e de estar "possuído pelo demônio", com o fim de se apropriar ilicitamente de bens alheios ou como uma forma de vingança.

                                          Assista os vídeos:

               fonte:Discipulo Santos


                     fonte:Bruxas e Druídas


                     fonte:Bruxas e Druídas

    O assustador CASO DA BRUXA DE BELL.


    A Bruxa dos Bell ou a Assombração da Bruxa dos Bell é uma lenda do folclore do sul dos Estados Unidos sobre um poltergeist que envolve a família Bell em Adams no Tennessee. A lenda foi retratada nos filmes An American Haunting de 2006 e The Bell Witch Haunting de 2004 e The Bell Witch Haunting de 2013. Também é possível que possa ter servido de inspiração para o filme The Blair Witch Project.

    Lenda:
    Segundo a lenda, a primeira manifestação da assombração aconteceu em 1817, quando John William Bell Sr. encontrou um animal estranho num campo de milho na sua quinta em Robertson County, em Red River, perto de Adams, Tennessee. O animal, que John descreveu como tendo o corpo de um cão e a cabeça de coelho foi morto por ele a tiro. Mais tarde a família Bell afirmou ouvir o som de alguém a bater à porta e ruídos nas paredes exteriores da casa. Os ruídos acabariam por passar para dentro de casa. Algum tempo depois de os barulhos começarem, Betsy Bell, o membro mais novo da família, disse ter sido atacada por uma força invisível. Com o tempo o poltergeist ter-se-à fortalecido, movendo vários objectos pela casa, falando e tendo conversas com a família e convidados. Identificou-se como "Kate Batts", uma vizinha dos Bell que John terá incomodado de alguma forma.

    Quando era mais velho, John sofria frequentemente de espasmos faciais que o deixavam sem fala. Morreu no dia 20 de Dezembro de 1820. Perto do seu corpo foi encontrado um pequeno frasco com veneno muito forte que terá ingerido. Quando deram a provar um pouco do liquido que estava no frasco ao gato da família, o animal morreu. A família queimou depois o frasco na lareira.

    A versão da lenda contada por Pat Fitzhugh afirma que algumas pessoas acreditavam que o fantasma tinha regressado à casa em 1935, o ano em que tinha dito que o faria ("cem anos e mais sete" depois de 1828) e passou a residir na antiga casa dos Bell. Outros dizem que nesse ano não aconteceu nada fora do normal aos descendentes de Bell nem à comunidade que os rodeava.


    De acordo com os fatos descritos a seguir, isso pode ser verdade!

    A Bruxa de Bell é uma história sobre acontecimentos sobrenaturais provocados por perturbações de uma entidade misteriosa, que ocorreu em uma casa no distrito de Adams, estado de Tennessee (EUA) entre os anos de 1814 e 1821.

    Diz-se que esses eventos foram testemunhadas e documentadas por centenas de pessoas.
    Entre aqueles que dizem ter testemunhado esses acontecimentos estranhos, está o ex-Presidente dos Estados Unidos Andrew Jackson, e por isso ele é um dos eventos mais famosos e documentado na história paranormal.
    Alguns acreditavam que a bruxa de Bell era uma mulher, chamada "Kate Batts", uma vizinha muito estranha de Bell, que tinha um processo contra Bells sobre a posse de sua terra.
    Muitos pesquisadores ao longo dos anos passaram a acreditar que a "bruxa" era na verdade um poltergeist, e que a casa de Bell foi construída sobre um cemitério indígena, motivo pelo qual existiam tantas perturbações.

    Segundo a história, as perturbações começaram em 1817, quando John Bell encontrou um animal muito estranho em um campo de milho de sua propriedade.
    O animal foi descrito como tendo o corpo de um cachorro e uma cabeça de um coelho, e desapareceu quando John Bell atirou nele.
    O incidente foi rapidamente seguido por uma série de manifestações estranhas.
    O ruído de batidas, mordidas e matigações começaram em volta e fora da casa, mas eventualmente surgiam dentro da casa de Bell.
    Em seguida os filhos de Bell relataram a seus pais que seus lençóis estavam sendo regularmente arrancados das camas e atirados no chão por uma força invisível.
    A família então relatou que começaram a oubir uma voz embargada que surgia à noite, fazendo ruídos grotescos.

    Apesar de tudo isso, John Bell não acreditava que qualquer entidade sobrenatural estava causando esses acontecimentos misteriosos.
    Após esse episódio as coisas pioraram.
    Certa vez a filha mais nova de Bell, Betsy Bell e seu irmão foram violentamente agredidos.
    Seus cabelos eram puxados e uma força invisível batia em seus rostos.
    Mas, John Bell era um homem orgulhoso e teimoso, advertindo sua família para nunca contar a ninguém o que estava acontecendo na casa, para que os vizinhos e outras pessoas não pensassem que eles eram loucos.
    Estes eventos continuaram por mais de um ano antes de John Bell finalmente quebrar o sigilo e contar os seus vizinhos, James Johnston e sua esposa.
    Ambos relataram que haviam testemunhado muitos dos acontecimentos estranhos e assustadores na casa de Bell.

    Foi neste momento que os acontecimentos bizarros que ocorriam na casa de Bell se tornaram conhecidos de toda a comunidade, especialmente os relatos sobre uma voz que surgia falando alto e claramente, cantando, e até mesmo citando a Bíblia e eventos com precisão, descrevendo fatos acontecidos em em lugares que estavam à quilômetros de distância.
    O ex-Presidente dos EUA, Andrew Jackson ouviu falar do fantasma que assombrava a família Bell, e então decidiu ver de perto.
    Isso foi em 1819. Quando Jackson e sua comitiva estava, perto da fazenda Bell, eles encontraram uma presença invisível que parou sua diligência na trilha, então imaginou que seria a Bruxa dos Bell que seria a responsável por aquele fato.
    Naquele momento um dos homens do grupo de Jackson alegou que aquela entidade era uma "bruxa tamer", e que então eles iriam eliminar o espírito.
    De repente o homem começou a gritar e contorcer seu corpo, logo após fazer esta declaração.
    Jackson e sua comitiva deixaram a fazenda de Bell por volta do meio dia do dia seguinte.
    Dizem que Jackson falou: "Eu prefiro lutar contra todo o Exército britânico do que lidar com a Bruxa dos Bell".

                                                            Ex-presidente Andrew Jackson

    Betsy Bell se tornou noiva de um vizinho chamado Joshua Gardner.
    Logo em seguida a entidade que perturbava os Bell começou à seguir e insultar Joshua, provocando e os agredindo sempre que estavam sozinhos.
    Betsy terminou o relacionamento na véspera da Páscoa do ano de 1821.
    A voz macabra da entidade continuou de forma muito clara a declarar sua antipatia por John Bell, e de sua intenção de matá-lo.
    Bell sofreu freqüentes ataques de socos e tapas em seu rosto, muitas vezes deixando-o sem fala.
    John Bell morreu em 20 de dezembro de 1820 de forma misteriosa.
    Um frasco que continha seu remédio foi trocado por um veneno mortal.
    O médido foi chamado para investigar, e seu veredito foi envenenamento acidental.
    Logo este engano foi atribído a bruxa dos Bells.

    Um frasco pequeno e estranho contendo um líquido não identificado que ele tinha aparentemente ingerido por acidente foi encontrado perto do corpo.
    A família disse que ouviu uma voz dizer: "Eu dei uma grande dose ontem à noite para John.
    Mais tarde, no enterro de John Bell, os hóspedes funeral relataram ter ouvido uma voz rindo e cantando.
    A morte de John Bell assinalou o fim dos eventos estranhos, mas Lucy Bell disse uma voz lhe disse que a entidade voltaria em 1828.
    Durante a visita do mesmo ano, John Bell Jr. disse que uma voz falou com ele, prevendo eventos como a Guerra Civil Americana, a Grande Depressão e as duas Guerras Mundiais.
    Segundo a história, entidade realmente voltou em 1828, e em seguida disse que retornaria após 107 anos, em algum momento no anod de 1935.

    Muitas pessoas acreditam que o espírito retornou em 1935, e passou a residir na propriedade de Bell, e permanece lá até hoje.
    É relatado que os sons fracos de pessoas falando e crianças brincando às vezes pode ser ouvido na área da propriedade.
    Na antiga propriedade do Bells existe uma caverna.
    Os atuais donos relatam que acontecem eventos muito estranhos nesta caverna.
    Seria hoje a caverna o local onde a Bruxa dos Bells está presente?
    A atual proprietária das terra dos Bells afirma que na caverna da propriedade existem coisas estranhas acontecendo.
    Seria a Bruxa dos Bells?
    Para alguns a Kate Batts, uma excêntrica vizinha dos Bells, que disputava terras com John Bell foi quem jogou a maldição que matou John.

                                        Foto da atual proprietária das terras que foram de John Bell

                           Foto tirada em 1909 da entrada da caverna existente na propriedade
                                                  de Bell

     A Bruxa dos Bells é uma das histórias de fantasma mais conhecida dos Estados Únidos e em 2006 este famoso caso americano virou filme mais uma vez, com o título de "Maldição" (An American Hauting), dirigido por Courtney Solomon.

                                                Cartaz do Filme " An American Hauting"

                                            Assista o vídeo:

                     fonte:FEAR GAMER


                     fonte:instantescape


                     fonte:spacecadet25

                     fonte:"The Truth Is Out There"

    quinta-feira, 30 de outubro de 2014

    HISTÓRIA do HALLOWEEN.


    O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos, sendo que não existe ao certo referências precisas de onde surgiram essas celebrações.

    A palavra Halloween tem origem na Igreja católica.
    Vem de uma tradição contraída do dia 1 de novembro, o Dia de Todos os Santos, é um dia católico de observância em honra de santos.
    Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro.
    O feriado era Samhain, o Ano novo Céltico. 
    Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra "Hallowinas" - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).

    Mas os estudiosos dizem que a palavra Halloween surgiu da seguinte forma:

    O nome é, na realidade, uma versão encurtada de "All Hallows' Even"(Noite de Todos os Santos), a véspera do Dia de Todos os Santos (All Hallows' Day). 
    "Hallow" é uma palavra do inglês antigo para "pessoa santa" e o dia de todas as "pessoas santas" é apenas um outro nome para Dia de Todos os Santos, o dia em que os católicos homenageiam todos os santos. Com o tempo, as pessoas passaram a se referir à Noite de Todos os Santos, "All Hallows' Even", como "Hallowe'en", e mais tarde simplesmente "Halloween".


    O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo.
    Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis.

    Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol.
    Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en. 
    Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte.
    Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.

    Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati). 
    Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.
    O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passou ser conhecido como o "Dia das Bruxas".

    Travessuras ou Gostosuras? (Trick-or-treat)

    A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar).
    No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas (ou Finados aqui no Brasil), os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha. 
    Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador.
    Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.


                                  Abóboras e velas: Jack O'Lantern (Jack da Lanterna)


    A vela na abóbora provavelmente tem sua origem no folclore irlandês.
    Um homem chamado Jack, um alcoólatra grosseiro, em um dia 31 de Outubro bebeu excessivamente e o diabo veio levar sua alma. Desesperado, Jack implora por mais um copo de bebida e o diabo concede.
    Jack estava sem dinheiro para o último trago e pede ao Diabo que se transformasse em uma moeda. O Diabo concorda.
    Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz.
    Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano inteiro.
    Sem opção, o Diabo concorda.
    Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e faz até caridade.
    Mas a mudança não dura muito tempo, não.

    No próximo ano, na noite de 31 de outubro, Jack está indo para casa quando o Diabo aparece. Jack, esperto como sempre, convence o diabo a pegar uma maçã de uma árvore.
    O diabo aceita e quando sobe no primeiro galho, Jack pega um canivete em seu bolso e desenha uma cruz no tronco.
    O diabo promete partir por mais dez anos.
    Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o diabo nunca mais o aborreça.
    O diabo aceita e Jack o liberta da árvore.
    Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre, e em seguida tenta entrar no céu, mas sua entrada é negada.
    Sem alternativa, vai para o inferno.

    Chegando lá, encontra o diabo, o qual ainda desconfiado e se sentindo humilhado, também não permite sua entrada, e como castigo, o diabo joga uma brasa para que Jack possa iluminar seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e sai perambulando.
    Devido à esse acontecimento, sua alma penada passa a ser conhecida como Jack O'Lantern (Jack da Lanterna).
    Os nabos na Irlanda eram usados como "lanternas do Jack" originalmente, mas quando os imigrantes vieram para a América, eles descobriram que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos.
    Então começaram à utilizar abóboras iluminadas com uma brasa por dentro ao invés de nabos.
    Por isso a tradição de se fazer caricaturas em abóboras e iluminá-las por dentro com uma vela na época de Halloween.

    Segundo a lenda, quem presta atenção e consegue ver uma pequena luz fraca na noite de 31 de outubro, é porque conseguiu ver a passagem de Jack procurando uma saída do limbo em que está preso.

    Bruxas

    As bruxas tem um papel importantíssimo no Halloween.
    Não é à toa que o dia 31 de Outubro é conhecida como "Dia das Bruxas" em português.
    Segundo várias lendas, as bruxas se reuniam duas vezes por ano durante a mudança das estações: no dia 30 de abril e no dia 31 de outubro.
    Segundo conta-se a lenda, chegando em vassouras voadoras, as bruxas participavam de uma festa chefiada pelo próprio Diabo.
    Elas jogavam maldições e feitiços em qualquer pessoa, transformavam-se em várias coisas e causavam todo tipo de transtorno. 
    Diz-se também que para encontrar uma bruxa era preciso colocar suas roupas do avesso e andar de costas durante a noite de Halloween.
    Então, à meia-noite, você veria uma bruxa!

    A crença em bruxas chegou aos Estados Unidos com os primeiros colonizadores.
    Lá, elas se espalharam e misturaram-se com as histórias de bruxas contadas pelos índios norte-americanos e, mais tarde, com as crenças na magia negra trazidas pelos escravos africanos.
    O gato preto é constantemente associado às bruxas devido à lendas, as quais citam que elas podem transformar-se em gatos e também devido à crenças, as quais pregam que os gatos são na realidade espíritos de pessoas mortas.
    Muitas superstições estão associadas aos gatos pretos.
    Uma das mais conhecidas é a de que se um gato preto cruzar seu caminho, você deve voltar pelo caminho de onde veio, pois se não o fizer, é azar na certa.


    O Halloween pelo Mundo

    A festa de Halloween, na verdade, equivale ao "Dia de Todos os Santos" e o "Dia de Finados", e foi absorvido pela Igreja Católica para apagar os vínculos pagãos, dando origem a festa. Os países de origem hispânica comemoram o Dia dos Mortos e não o Halloween.
    No Oriente, a tradição é ligada às crenças populares de cada país.

    No Brasil

    O Halloween no Brasil é chamado de Dia das Bruxas e sua celebração acontece no dia 31 de outubro.
    Acredita-se que na passagem dessa noite as almas saem de seus túmulos e partem pelas ruas amedrontando todos aqueles que estão por perto.
    O dia das bruxas se infiltrou em nossas comemorações de forma tímida, pois o Brasil, país que celebra as coisas boas da vida, não se vê em meio a festividade aos mortos.
    Apesar de sua pequena influência, pode ser vista em escolas, clubes, casas noturnas e shoppings de várias cidades, mas como dito anteriormente, não adquire força expressiva, já que nem o folclore local é efetivamente comemorado.
    Muitos nacionalistas dão créditos à influência do imperialismo cultural americano a vinda do halloween, assim, alguns brasileiros, localizados em São Luiz do Paraitinga (estado de São Paulo), decretou o dia 31 de outubro como o dia oficial do Saci Pererê em protesto à inclusão do Halloween.
    A maioria das manifestações critica a posição dos brasileiros em importar a cultura americana, já que o país tem grande diversidade folclórica que não é aproveitada e comemorada.
    Apesar de todo o esforço da imprensa em destacar essa festividade norte-americana, os brasileiros não costumam festejar a data.
    É uma festa celebrada por poucos.
    No Rio de Janeiro as manifestações são caracterizadas por placas espalhadas pela cidade opondo tal prática e ainda em pedido ao retorno das considerações brasileiras, isto é, dar valor e importância às crenças nascidas no país, deixando manifestar o patriotismo dentro de nossa cultura.
    Mesmo dessa forma, as festas de Halloween no Brasil tem se tornado comuns, principalmente entre o público jovem, os quais se reúnem em clubes privados ou mesmo em salões particulares, promovendos festas a fantasia com motivos de "horror", objetivando comemorar a data considerada como "O Dia das Bruxas".
    Devido à realização dessas festas, o comércio de fantasias e motivos voltados à monstros e bruxas tem tido um aumento expressivo no mês de Outubro de cada ano.

    Nos Estados Unidos(EUA)

    Desde 1800, quando os imigrantes irlandeses e escoceses levaram suas festividades de Halloween para a América do Norte, a festa tem se desenvolvido consideravelmente.
    A conexão da festa com o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados ficou praticamente deixada de lado, e muitas novas tradições seculares se desenvolveram.
    Para as crianças, fantasiar-se e sair pelas casas fazendo a brincadeira do "travessuras ou gostosuras" ainda é o maior evento.

    A maioria das famílias nos Estados Unidos e no Canadá participam, mesmo porque não querem correr o risco de pequenos vandalismos.
    Muitos adultos se fantasiam e participam com seus filhos de festas a fantasia e concursos. 
    Outras atividades de Halloween ocorrem durante o mês todo de outubro.
    Estas tradições preservam o espírito de alegria do Samhain diante dos pensamentos assustadores de morte e do sobrenatural.
    Os americanos acrescentaram filmes de terror, casas assombradas comunitárias, histórias de fantasmas e quadros espiritualistas.
    Cartões e decorações também fazem parte do Halloween.

    A festa só perde para o Natal no faturamento total do comércio.
    Um outro costume comum do Halloween é recolher dinheiro para a UNICEF (site em inglês), em vez de doces.
    Esse costume começou em 1950 no estado da Filadélfia, quando uma turma de uma escola dominical teve a ideia de recolher dinheiro para as crianças necessitadas ao brincar de "travessuras ou gostosuras".
    Eles enviaram o dinheiro que conseguiram, cerca de US$ 17,00, para a UNICEF, que foi inspirada pela ideia e começou um programa de "travessuras ou gostosuras", em 1955.

    Na Espanha


    Na Espanha, a tradição de se comemorar o Halloween ainda é recente, tendo chegado praticamente por volta do ano 2000.
    O marketing feito sobre a sociedade americana cuidou de universalizar esta festa para proporcionar benefícios econômicos em vários setores, como parques temáticos, livros, cinema e até a gastronomia”.
    Na Espanha, as s escolas enfeitam o pátio com abóboras e as crianças se fantasiam de “muertos vivientes”, que são os mortos-vivos, além de bruxas e fantasmas.
    Assim como nos Estados Unidos, estando as crianças prontas para a festa, saem às ruas para pedir doces e comidas típicas desta época, porém não são todas as pessoas que gostam.
    Muitos vizinhos nem sequer abrem as portas, pois se sentem incomodados e acham que tudo não passa de uma grande besteira.
    A Espanha é um dos países que ainda mantém a antiga tradição do culto e respeito aos mortos, assim como no Brasil.
    Os espanhóis costumam ir ao cemitério para limpar os túmulos e levar flores, como é costume no Brasil no feriado de Finados, em 2 de novembro.
    Além disso, o 31 de outubro coincide com a colheita de castanhas e abóboras, na comemoração chamada de “Castanhada”. 

    Na Irlanda



    Na Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acedem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras).






    No México

    No dia 1º comemora-se o Dia dos Anjinhos, ou Dia dos Santos Inocentes, quando as crianças mortas antes do batismo são relembradas. 
    O Dia dos Mortos (El Dia de los Muertos), 2 de novembro, é bastante comemorado no México.
    As pessoas oferecem aos mortos aquilo que eles mais gostavam: pratos, bebidas, flores.
    Na véspera de Finados, família e amigos enfeitam os túmulos dos cemitérios e as pessoas comem, bebem e conversam, esperando a chegada dos mortos na madrugada. 
    Uma tradição bem popular são as caveiras doces, feitas com chocolate, marzipã e açúcar.

    Na Tailândia

    Nesse país, existe o festival Phi Ta Khon, comemorado com música e desfiles de máscaras acompanhados pela imagem de Buda.
    Segundo a lenda, fantasmas e espíritos andam entre os homens, sendo que a festividade acontece no primeiro dia das festas budistas.






                      Símbolos típicos do Halloween com seus misticismos e significados:

    Abóbora:Simboliza a fertilidade e a sabedoria.


    Velas:Indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.

    Caldeirão:Fazia parte da .cultura, .como mandaria .a tradição..
    Dentro dele, os convidados.devem atirar.moedas.e.mensagens.escritas.com pedidos dirigidos aos espíritos.


    A vassoura:Simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da energia negativa.
    Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.


    As moedas:Devem ser recolhidas no final da festa para serem doadas aos necessitados.


    Os bilhetes:Com os pedidos, devem ser incinerados para que aquilo que é solicitado através da mensagem escrita seja mais rapidamente atendido, pois se elevará através da fumaça.


    A aranha:Simboliza o destino e os fios que tecem suas teias, o meio, o caminho e suporte para seguir em frente.


    Os morcegos:Simbolizam a clarividência, pois eles conseguem ver além das formas e das aparências, sem a necessidade da visão ocular.
    Conseguem captar as formas e as distâncias através de sua própria energia, emitindo sinais ultrasônicos.


    O sapo:Esta ligado à simbologia do poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.


    O gato preto:Símbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Universo.


    Cores:

    Laranja - Cor da vitalidade e da energia que gera força. Os druidas acreditavam que nesta noite, passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos se aproximavam dos vivos para vampirizar a energia. vital encontrada na cor laranja.

    Preto - Cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral.
    - Cor do mestre.

    Roxo - Cor da magia ritualística.

    A celebração do Dia das Bruxas em 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista.
    Hollywood fornece vários filmes sobre o tema, entre os quais se destaca a série "Halloween", no qual um assassino misterioso e praticamnte "imortal" retorna para se vingar em sua cidade natal.
    Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e má impressão das festas de Halloween.
    Porém, não existe ligação dessa festa com o mal.
    Na celebração atual do Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em torno da bruxaria.
    As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã.

                                           Cartaz de um dos Filmes da série "Halloween"

    O "Dia das Bruxas" ou "Halloween" sempre aguça a curiosidade das pessoas com desejos de obter conhecimento sobre os fatos reais que envolvem essa misteriosa prática, que é a "Bruxaria".